ORIENTAÇÃO PELOS ASTROS
ORIENTAÇÃO PELA BÚSSOLA
ROSAS DOS VENTOS
PARALELOS E MERIDIANOS
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA
É a capacidade do ser humano situar-se no espaço geográfico, orientar-se para seguir a direção correta.
Os métodos de orientações são usados para auxiliar no deslocamento e assim determinar os sentidos (caminhos) que se destina deslocar-se ou conhecer. Historicamente são utilizados os astro e instrumentos para determinar as direções e a localização dos objetos e lugares.
“É interessante observar que a lógica não está apenas na localização exata dos objetos no espaço, mas nos contextos e processos que ocorrem e suas influências na própria cidade.”. (RICHTER, 2017, p. 297).
ORIENTAÇÃO PELOS ASTROS
Sol – Podemos identificar o Ponto cardeal Leste nos baseado pelo o movimento aparente do Sol (sentido leste-oeste – nasce ao leste e se põe a oeste). A Terra gira em torno do seu próprio eixo (movimento de rotação sentido oeste-leste) e assim temos a impressão que o Sol se movimenta, por isso o termo movimento aparente.
Constelação do Cruzeiro do Sul – A partir da observação da constelação do Cruzeiro do Sul (formada por cinco estrelas de primeira grandeza), durante a noite é possível determinar, aproximadamente, o sentido do ponto cardeal Sul;
Estrela Polar – A Estrela Polar, visível apenas no hemisfério Norte, é um excelente ponto de referência para a determinação aproximada do ponto cardeal Norte.
Funciona como uma bússola natural, sempre apontando para o Norte, no entanto, a Polar só pode ser visualizada do hemisfério Norte.
Lua – A lua, assim como o sol, nasce a leste e põe-se ao oeste. Pode ser utilizada como referência para orientação dos hemisférios, princialmente, nas noites de lua cheia. Pode-se afirmar que o seu movimento mantem-se quando surge durantes o dia e nas suas diversas fases.
ORIENTAÇÃO PELA BÚSSOLA
Para podermos nos orientarmos é necessário conhecermos a Rosas-dos-ventos. Com a bússola não é diferente pois se trata de um instrumento que lembra um relógio e tem uma rosa-dos-ventos no seu interior. A agulha da bússola indica o norte magnético.
Lembrando que o norte geográfico fica a vinte graus à direita do norte magnético. Dessa forma, a posição do norte da bússola indica exatamente o norte geográfico.
ROSA DOS VENTOS
A Rosa-dos-ventos é um instrumento que nos auxilia na localização relativa de determinado objeto ou área, na orientação das direções e na localização absoluta nos mapas e cartas. É um recurso utilizado desde a antiguidade, principalmente, nos sistemas de navegações
A Rosas dos ventos compõe os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.
Pontos Cardeais:
– N (Norte), indica a direção do Polo Norte e tem como sinônimos os termos Setentrional e Boreal;
– S (Sul), indica a direção do Polo Sul e tem como sinônimos os termos Meridional e Austral;
– E ou L – (Leste), indica a direção que o Sol “nasce” e tem como sinônimo o termo Oriente;
– O ou W – (Oeste), indica a direção do pôr do Sol e tem como sinônimo o termo Ocidente.
Pontos Colaterais:
-NE (Nordeste), entre o Norte e o Leste ;
-SE (Sudeste), entre o Sul e o Leste;
-NW ou NO (Noroeste), entre o Norte e o Oeste;
-SW ou SO (Sudoeste), entre o Sul e o Oeste.
Pontos subcolateriais:
– NNE (Norte-nordeste ou Nor-nordeste), entre o Norte e o Nordeste;
– LNE ou ENE – (Leste-nordeste ou Lés-nordeste), entre o Leste e o Nordeste;
– LSE ou ESE – (Leste-sudeste ou Lés-sudeste), entre o Leste e o Sudeste;
– SSE (Sul-sudeste), entre o Sul e o Sudeste;
– SSO ou SSW (Sul-sudoeste), entre o Sul e o Sudoeste;
– OSO ou WSW (Oeste-sudoeste ou Oés-sudoeste), entre o Oeste e o Sudoeste;
– ONO ou WNW (Oeste-noroeste ou Oés-noroeste), entre o Oeste e Noroeste;
– NNO ou NNW (Norte-noroeste ou Nor-noroeste), entre o Norte e o Noroeste.
Sabemos que a Terra tem o formato de uma esfera (geóide), assim sendo, uma volta completa em torno dela corresponde a 360º (graus). Desse modo, cada ponto indicado pela Rosas-dos-ventos corresponde a determinado ângulo (grau).
Segue os exemplos:
Pontos Cardeais | Graus |
Norte | 0º |
Sul | 180º |
Este ou Leste | 90º |
Oeste | 270º |
Pontos colaterais | Graus |
Nordeste | 45º |
Sudeste | 135º |
Noroeste | 315º |
Sudoeste | 225º |
Pontos subcolaterais | Graus |
Norte-nordeste | 22,5º |
Leste-nordeste | 67,5º |
Leste-sudeste | 112,5º |
Sul-sudeste | 157,5º |
Sul-sudoeste | 202,5º |
Oeste-sudoeste | 247,5º |
Oeste-noroeste | 292,5º |
Norte-noroeste | 337,5º |
A partir de uma rosa-dos-ventos podemos caracterizar a direção, velocidade e frequência dos ventos em uma determinada localização em determinado período do ano. Técnica muito utilizada nos aeroportos.
Exemplo:
Estudos indicam que os ventos predominantes vêm do Norte e do Sul e as maiores frequências ocorrem com velocidade de 4 a 6 nós (1 nó = 1,583 quilômetros por hora).
A Rosas-dos-ventos também são muito importantes para a área do conhecimento de Engenharia civil e afins. Segundo Brown e Dekay (2007, p. 45); “Os microclimas do sítio [local ou lugar] mais favorável à localização das edificações podem ser determinadas pela análise da disponibilidade conjunta de sol e vento”.
A partir da localização do terreno e das orientações geográficas (rosas-dos-ventos) podemos entender a disponibilidade de radiação solar e assim adequar às necessidades de aquecimento e resfriamento da edificação. A radiação solar disponível a cada hora do dia pode ser usada para determinar os horários que se pode obter conforto nas áreas externa e internas das edificações.
Desse modo, a localização do terreno em relação ao sentido do movimento aparente do Sol, além de outros fatores, implica na valorização ou desvalorização do terreno.
Os imóveis que têm suas frentes voltadas para o Norte são mais caros devido a maior luminosidade e potencial para exploração da luminosidade ofertada pela radiação solar .
Vejamos a imagem:
Observamos que no hemisfério sul:
-A orientação norte recebe a maior parte da insolação diária;
-A sul recebe a luz mais fraca;
-A leste recebe o sol da manhã;
-A oeste tem o impacto mais forte, principalmente no período da tarde.
Observação: Uma edificação localizada no hemisfério norte não recebe o mesmo impacto de luz que uma construção presente no hemisfério sul. De acordo com a região do planeta e da estação do ano os raios solares podem atingir a superfície da Terra com mais ou menos intensidade.
Ainda com relação ao movimento aparente do Sol temos que nos atentar, por exemplo, que a edificação de um estádio de futebol deve manter a área destinada ao campo de jogo, retângulo, com suas laterais mais extensas na direção Norte-Sul. Desse modo, os raios solares não incomodam os jogadores, especialmente, os goleiros pois o movimento aparente do Sol ocorre no sentido Leste para o Oeste.
Observe as imagens abaixo:
Estádio “O Amigão”, Campina Grande – PB.
Campo de futebol do IFPB, Campina Grande – PB.
Podemos perceber que na primeira imagem (o estádio “O Amigão”) os jogadores não terão problemas com os raios solares diferente do exemplo da segunda imagem (campo de futebol do IFPB, Campina).
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
“O pensamento espacial está mais associado a compreensão da espacialidade, da localização de determinados lugares no espaço, seu ponto específico, a distribuição dos objetos no espaço, seu lugar”. (RICHTER, 2017, p. 295).
PARALELOS E MERIDIANOS
São linhas imaginárias traçadas sobre o Planeta Terra em forma de círculos (linhas horizontais) e semicírculos (linhas verticais) utilizadas principalmente para a indicação dos diferentes pontos da Terra.
OS PARALELOS E AS LATITUDES
A Latitude é a distância, em graus, de qualquer ponto da superfície terrestre em relação à Linha do Equador. São linhas imaginárias traçadas horizontalmente, nos sentidos leste-oeste ou oeste-leste, circundando o eixo principal da Terra.
As latitudes variam de 0º Grau (Equador) à 90º Graus nos pontos extremos dos polos Norte e Sul. Assim, quanto mais alta a latitude mais próximo dos polos estará a localidade, desse modo, as latitudes são indicadores das zonas térmicas da Terra.
Zonas Térmicas do Planeta Terra:
OS MERIDIANOS E AS LONGITUDES
A Longitude é a distância, em graus, de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao Meridiano de Greenwich. São linhas imaginárias traçadas verticalmente, nos sentidos norte-sul ou sul-norte, formando semicírculos sobre o Planeta Terra.
Principais Meridianos
– Meridiano de Greenwich: Meridiano de longitude (0º grau) que divide o globo terrestre em ocidente e oriente. Foi definido como principal meridiano por acordo internacional em 1884. Serve de referência para calcular as longitudes e estabelecer os fusos horários.
– Antimeridiano ou linha internacional de data (LID): linha vertical e imaginária da superfície terrestre, longitude 180º, meridiano oposta a Greenwich que implica na mudança de data obrigatória ao cruzá-la.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
As coordenadas geográficas são pontos precisos na superfície terrestre. Consiste em um sistema estruturado de linhas imaginárias (paralelos e meridianos) que se cruzam e são identificadas pelas latitudes e longitudes (em graus, minutos e segundos).
Ponto “A”: Coordenada Geográfica = Latitude 30º00′.00″N (Norte) e Longitude 45º00’00.00″O (Oeste).
Ponto “B”: Coordenada Geográfica = Latitude 60º00′.00″S (Sul) e Longitude 75º00’00.00″L (Leste).
Ponto “C”: Coordenada Geográfica do Marco Zero da cidade de Campina Grande – PB = Latitude 7º13’19.00″S (Sul) e Longitude 35º53’21.14″O (Oeste).
Todo e qualquer ponto da superfície terrestre é uma localização única, uma coordenada geográfica.
Vejamos o exemplo abaixo:
O encontro da Rua Aprígio Nepomuceno (paralelo) com a Rua Getúlio Cavalcante (meridiano) tem como Coordenada Geográfica = Latitude 7º14’36.30″S (Sul) e Longitude 35º53’39.93″O (Oeste).
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